Translate

quarta-feira, 26 de março de 2014

Saída Fotográfica Em Salvador

No último fim de semana, o pessoal do fórum Mundo Fotográfico organizou uma saída fotográfica em Salvador. O encontro foi marcado no Farol da Barra às 9:00h para nos conhecermos, trocar uma ideia sobre os equipamentos e fotografar. Foi uma ótima experiência e o pessoal pretende reeditar o encontro, incluindo outras pessoas que não puderam comparecer.

Aproveitando a passagem por Salvador, resolvi ir com um amigo mais cedo para registrar o nascer do sol. Chegamos à Barra pouco antes das 5:00h e, quando estávamos montando uma das câmeras no tripé, fomos abordados por um marginal que, para nossa sorte, pediu apenas dinheiro. Levou uma quantia baixa, que não pagaria nem o filtro de uma das lentes. Ficou barato. A dica, portanto, é quando for fotografar em horários escuros ou em locais pouco seguros que seja em grupo. Sozinhos ficamos muito expostos.

Como consequência da abordagem, as fotos do nascer do sol foram feitas com concentração lá embaixo, além de tremidas pelo nervosismo. Colocarei as duas primeiras apenas para dar uma ideia de como é o nascer do sol perto do morro do Cristo e as últimas quatro são resultado da saída fotográfica. As primeiras fotos foram feitas com a Tamron 17-50mm f/2.8 VC e as últimas, com a Tokina 11-16mm f/2.8.

50mm, f/11, 1.3s, ISO 100

50mm, f/16, 5s, ISO 100

11mm (crop), f/8, 1/80s, ISO 100

12mm, f/8, 1/30s, ISO 100

16mm, f/8, 1/40s, ISO 100

12mm, f/8, 1/13s, ISO 100

sexta-feira, 21 de março de 2014

Ensaio ao Ar Livre

Vou aproveitar mais uma pausa nos tópicos de revisão técnica para postar a minha última jornada fotográfica com a minha modelo preferida. No último fim de semana, resolvemos fazer umas fotos em comemoração ao aniversário de 1 ano que se aproxima. Já queria fazer uma sessão desse tipo há algum tempo e acho que foi uma ótima oportunidade de aprendizado. Há alguns pontos de preparação que são muito importantes e que, por mais que se leia sobre o assunto, apenas tendo a experiência prática que o fotógrafo vai chegando ao que se aplica a sua situação e estilo de fotografar. 

Em primeiro lugar, por falta de conhecimento sobre o horário de funcionamento do parque, acabamos indo cedo, um pouco depois das 15:00h, em vez de ir depois das 16:00h, quando seria possível ter uma luz de sol mais suave, além de fazer menos calor. Isso será o primeiro ponto que tentaremos contornar numa próxima empreitada. Mas, como para quase tudo na vida existe um lado positivo, serviu de experiência para quando realmente não for possível realizar o ensaio mais tarde.

A outra parte difícil é decidir os equipamentos e acessórios para levar. Neste ponto, acabei levando muita coisa, pois não sabia exatamente do que iria precisar. Acabei usando apenas a câmera com uma das lentes. Mas, nem tudo foi por falta de necessidade, mas também por falta de um assistente. Como só estávamos eu e minha esposa, ela ficou ocupada com a criança e não houve possibilidade de me auxiliar. Talvez isso funcione quando a criança já for mais independente.

Então, vou listar um breve resumo do que consegui tirar de experiência do evento:

Horário - Se possível, opte por um horário cedo na manhã ou mais ao fim da tarde, tanto pela luz do sol, quanto por questões de temperatura ambiente (em casos de locais quentes). Em muitas situações, por ser um parque com muitas árvores, havia sombra sobre a criança, enquanto o fundo estava extremamente iluminado. Ou, em outras situações, um feixe de luz entre as folhas das árvores lançava uma luz dura sobre a criança.  

Acessórios - Em um ensaio ao ar livre, não me preocuparia em acessórios de iluminação para flash, como tripé e sombrinha difusora, pois geralmente há luz natural suficiente. Nestes casos um rebatedor funciona melhor. Em todo caso, é essencial ter alguém que fique livre para ajudar com os acessórios. Poderíamos ter utilizado rebatedor em algumas das fotos, mas faltou uma terceira pessoa para nos ajudar.

Lentes - Uma lente zoom normal de boa qualidade dá conta do recado e ainda evita a necessidade de trocas de lentes ao ar livre, o que pode expor o sensor da câmera a poeira. Porém, gostaria de ter utilizado a GA para perspectivas diferentes. Para quem possui duas câmeras, é mais tranquilo para deixar uma lente em uma e outra em outra. Para quem conta apenas com um corpo, a dica é ter paciência e planejar a sessão por ângulo de lentes para minimizar a necessidade de troca em campo.

Assunto - Fotografar crianças é bastante desafiador, mas muito gratificante. No nosso caso, a bebê ainda não caminha, então nos limitou um pouco em termos de liberdade. O objetivo, então, foi tentar pegar os momentos de maior expressão de espontaneidade para conferir graça e alegria às fotos.

Ajustes - Como crianças nessa idade movimentam-se de maneira aleatória e imprevisível, procurei manter uma velocidade alta, sempre acima de 1/125 ou 1/250, para congelar eventuais movimentos. O foco foi deixado em AF-C - com área de 9 pontos, modo de medição de exposição pontual e modo burst para fazer algumas fotos por segundo para aumentar a chance de um bom resultado. Também, para minimizar problemas de profundidade de campo, a abertura ficou sempre acima de f/4 (tentei algumas com f/2.8 para tentar acentuar o bokeh). Isso levou a ter que usar ISO acima da base 100, chegando a 1600 em algumas fotos.

Pós Processamento - É a etapa de acabamento da foto. Não é usar Photoshop para ajustar o que saiu errado, mas fazer a revelação digital. Como as fotos foram tiradas em RAW (dados crus da máquina, sem compactação para jpeg), fiz uso de um programa de conversão. É onde podemos fazer pequenos (ou grandes) ajustes para que a foto fique do jeito que queremos, mas sem modificar os seus elementos. Ainda não tenho um estilo definido para tratamento das fotos, por isso acabei fazendo algumas mais neutras e outras um pouco mais coloridas para testar.

Depois de toda a conversa, mostro abaixo algumas fotos para dar uma ideia de como ficou o resultado.

32mm, f/4, 1/125s, ISO 800

50mm, f/4, 1/125s, ISO 1600

50mm, f/4, 1/250s, ISO 800

50mm, f/4, 1/250s, ISO 800

50mm, f/4, 1/125s, ISO 500

35mm, f/4, 1/320s, ISO 400

44mm, f/4, 1/500s, ISO 400

50mm, f/4, 1/250s, ISO 400

quarta-feira, 12 de março de 2014

Série Passos na Fotografia - Com Câmera e Lentes em Mãos, E Agora?

No post anterior da série, finalizamos as observações com respeito a fase de aquisição inicial de equipamentos. É uma fase que costuma deixar as pessoas mais ansiosas, pois envolve um custo para o qual ainda não temos certeza se será correto, principalmente quando somos apenas amadores. 

Após estar com a câmera que escolheu em mãos, é hora de começar a fotografar, a usufruir do equipamento novo. Porém, as fotos não aparecem do nada no cartão de memória e nem o resultado torna-se melhor apenas pelo fator de estar com um bom equipamento em mãos. É quando se faz necessário conhecer o equipamento que se tem, lendo o manual repetidas vezes até ter consciência de todas as possibilidades de ajustes que lhe são oferecidas. Ler, pelo menos, o quick start do manual é o que recomendo fazer antes mesmo de realizar o primeiro click. Algumas informações básicas que considero fundamentais conhecer antes de sair usando o equipamento:

  • Modos disponíveis 
    • Manual (M);
    • Prioridade de Abertura (A ou Av);
    • Prioridade de Velocidade do Obturador (S ou Tv);
    • Programável (P);
    • Automático (Auto).
  • Limites operacionais (temperatura, altitude, etc.);
  • Configurações disponíveis
    • Qualidade e tamanho JPEG;
    • Ajuste de parâmetros JPEG - nitidez, contraste, saturação, etc.;
    • Captura em RAW;
    • Ajuste de data e hora;
    • Foco automático/manual;
    • Sistema de medição de exposição (pontual, ponderado, matricial)

Exemplo dos dials de controle da Nikon Df. As câmeras podem ter botões de acesso  direto no corpo como acima, como também configurações em menus na tela de LCD.

Com um certo conhecimento do funcionamento da máquina, é só apontar e apertar o dedo, certo? Depende do seu objetivo. Acredito que se o seu objetivo fosse apenas pegar uma câmera e sair fotografando a esmo, não estaria procurando maiores informações a respeito na internet. Assim, com esse objetivo de se tornar um fotógrafo melhor em mente, o caminho natural é fazer um curso de fotografia - que poderia ser feito até mesmo antes de investir em um equipamento fotográfico mais robusto, para efetuar uma compra mais embasada, ou caso não tenha disponibilidade para tanto (e mesmo para os que fazem curso), o passo seguinte é ler bastante. Existem excelente cursos online também, inclusive gratuitos.

Para começar a usar bem o equipamento que tem em mãos, considero fundamental conhecer os conceitos básicos da fotografia, que podem ser encontrados em diversas fontes online e livros de fotografia para iniciantes, geralmente intitulados como manuais de fotografia. Existe uma gama enorme de alternativas e consultar fóruns e ler críticas online podem ajudar bastante na escolha de um livro mais alinhado com as suas intenções. 

Um dos conceitos mais básicos para se começar a ter controle sobre as suas fotos é o triângulo da exposição. A exposição de uma foto, ou a grosso modo a iluminação da mesma, depende da combinação dos três fatores constantes no diagrama. 

Aliado ao estudo da parte técnica da fotografia, pode ser bastante interessante e complementar ao conhecimento adquirido buscar informações sobre grandes nomes da história da fotografia e da pintura. Entender como conceitos do universo da pintura foram adaptados para a fotografia e adaptá-los para o seu uso será, sem dúvida, algo que contribuirá para que passe da foto tecnicamente perfeita àquela que será admirada e contemplada pela sua beleza e esmero.

terça-feira, 4 de março de 2014

Grande Angular - Parte 2

Hoje vou fazer um intervalo na série Passos na Fotografia para complementar uma análise da lente Tokina 11-16mm f/2.8 AT-X 116 Pro DX, cujas primeiras impressões coloquei, em Setembro do ano passado, no post Grande Angular. Acho interessante compartilhar essas informações por se tratar de uma lente sempre citada como uma das melhores GAs para câmeras com sensores APS-C; principalmente em termos de Nikon, que possui a esplêndida 14-24mm f/2.8 para sensores FF, mas não tem uma GA descente para sensor cropado. 

A sequência de fotos tem como objetivo dar uma noção de como a lente se comporta em cada distância focal do seu range e de acordo com a variação da abertura. É possível notar redução das vinhetas, que são bastante fortes quando a lente está totalmente aberta (em f/2.8, o que é normal para uma lente grande angular) e cai consideravelmente à medida que vai-se fechando o diafragma (usei até f/11 no teste, mas a lente pode ser fechada até f/22). 

As fotos foram feitas em jpeg com o ajuste de balanço de branco automático da câmera para simplificar o trabalho e evitar que o software de conversão do RAW viesse a corrigir alguma informação com os seus módulos de combinação lente + câmera. Neste caso, foram aplicados apenas os ajustes da câmera, com o picture control Standard, com um leve aumento na nitidez e contraste. A qualidade do JPEG foi deixada em normal e tamanho médio.

Dado que o pós processamento utilizado foi apenas o da câmera e que o ajuste de WB poderia ser melhorado em um programa de conversão de RAW, a lente não deixa a desejar nos quesitos de cor, nitidez e contraste. A distorção apresentada é bem característica de grandes angulares, com forma de barril e que se intensifica nas bordas, enquanto que aberração cromática não chega a ser um problema. Tudo isso, aliado à sua excelente construção, confirma que a lente é uma séria candidata a melhor GA para sensores APS-C, como já afirmado por muitos sites e avaliadores de lentes. Um ponto que acho interessante ressaltar é que a lente não gira, nem se estende quando realiza foco ou quando mudamos a distancia focal, o que deixa o seu comprimento sem alteração em qualquer situação de uso. As minhas outras duas lentes mudam de comprimento de acordo com a distância focal utilizada, embora não girem o elemento frontal, permitindo o uso de filtros CPL (Polarizador Circular).

O único ponto negativo, pelo menos até estar acostumado, talvez seja o sistema de "one touch focus clutch" utilizado pela Tokina, em que deve-se mover o anel de foco na direção da longitude da lente para mudar entre foco automático e manual e que pode atrapalhar em situações de baixa profundidade de campo, quando se desejar usar o foco manual para afinar o automático. De qualquer maneira, isso não deve atrapalhar muito o uso de uma GA, que costumam facilitar o foco manual. O curte range de distância focal dessa lente, apenas entre 11 e 16mm (equivalente a 16 a 24mm em 35mm), pode também ser um ponto negativo para alguns. Para quem necessita de maior flexibilidade, a Tokina possui uma GA 12-24mm f/4  (recentemente atualizada para 12-28mm f/4) também para sensores APS-C e que é muito elogiada por quem utiliza.

Foto do o esquema utilizado para as fotos (feita com um celular).

Fotos com a lente em 11mm:

f/2.8

f/4

f/5.6

f/8

f/11

Fotos com a lente em 12mm:

f/2.8

f/4

f/5.6

f/8

f/11

Fotos com a lente em 13mm:

f/2.8

f/4

f/5.6

f/8

f/11


Fotos com a lente em 14mm:

f/2.8

f/4

f/5.6

f/8

f/11

Fotos com a lente em 15mm:

f/2.8

f/4

f/5.6

f/8

f/11

Fotos com a lente em 16mm:

f/2.8

f/4

f/5.6

f/8

f/11